quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Quintas

A excitação, o desejo...
A vontade de celebrar essa jovial irresponsabilidade..
De encontrar nossos amigos de tempos atrás,
Contar histórias que em parte foram criadas.

Na nossa loucura...
Dia para desejar a sensualidade,
Viver cada suspiro.
Beber mais um trago,
Às vezes sem sentido,
Noutros com a complexidade e natureza...

De uma paixão,
Fumegante como abrir de uma janela,
Que te dará uma nova visão sobre o mundo.

Sabe hoje é aquele dia de gritar,
Até não ouvir mais sua voz,
Ou ela deixar de fazer sentido.

Deixar a falta de sentido fazer as pazes com sua felicidade,
Pois acredite hoje não a espaço pra tristeza,
Só há espaço pras cores, beijos, carinhos.

E se quiser todos de uma vez, hoje escolha o amor...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A fronte

E ao meu lado direito quando comia,
foi o momento  que lembrava do conhecimento.
Que tu falaste e eu sorria,
todas as palavras com muito reconhecimento.

Oferecendo a ti os doces de minha terra,
mas que os teus sinais não via.
Isso iniciaria uma guerra,
pois minha razão estava sem guia.

Esperando que ao pé do ouvido,
fossem sussurradas palavras sinceras,
das quais eu nunca tivera tido.

Que me explicasse o caminho,
dos olhos inexplicavelmente belos,
que movem meus sonhos como um moinho.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Veni vidi vici

Houve um tempo de apatia,
Onde sentimentos surgiam,
Mas meu coração não os via.

Tempo funesto esse vivido,
Onde pouco me importava,
Com aquilo que havia tido.

Perdão aos céus pelos erros cometidos!
Pois o meu tempo não andava,
nem mesmo quando estava entretido.

Aurora que agora começa,
Sobre seus fios dourados de razão,
Pois meu entendimento voltará sem pressa.

Explosões de sentido rompem,
Minha alma que se aquietava,
Não havendo mais motivos que corrompem.

A vida voltou a possuir gosto,
Todos os sabores que me alegram,
Mas um me falta, aquele sabor composto.

Sabor de várias emoções vívidas,
Que não se pode encontrar,
Mesmo com tantas viagens e idas.

Desejado por todos os de bem,
Porém, a poucos agraciado,
Sabor reduzido a quem.

Quem a vida construiu caminhos,
Que em pontos cruzava com o meu,
Mas hoje passa paralelo e vizinho.

Próximo o bastante para sentir,
que ainda estamos no mesmo caminho,
mas nunca com isso consentir.

Vidas a distância segura,
Que aceita outro,
Onde esse novos sentimentos inaugura.

E com alegria encher,
Todo um vazio frio,
Que me emociona um mundo onde escolher.

Um mundo que novamente me vislumbra,
Que enche meu peito de aventura,
Para assim nunca mais voltar pra penumbra.

Pois cada minuto é importante,
Nesta aurora de um novo tempo,
Onde devo viver cada instante.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sextas

Sensação de alforriado,
por esse dia vivido.
Pois hoje não quero ser contrariado,
por mais que eu tenha bebido.

Encontrar os amigos e brindar.
-Eita mundão velho!
Pois hoje é pra brincar,
sair correndo como um fedelho.

Contar mil poesias em cores,
conhecer outros mil amores,
sempre sem os pudores.

O triste é ter que pensar que esse sentimento,
existe somente nas sextas,
que semana que vem volta para meu alento.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Minas Avermelhado

Do rubro triângulo,
ao escarlate pôr do sol.
Minha vida neste crepúsculo,
é como o canto de um rouxinol.

Da história escrita com o sangue,
do mártir inconfidente.
Que faz mais envolvente,
meu sonho que se prolongue.

Do vermelho da paixão,
que fico vivendo mil amores,
no calor e sem nenhuma razão.

Minas é assim meio magenta,
sobre todos os olhares,
de quem longe com saudade não aguenta.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Minas Branco

De longe em Minas se vê belas nuvens,
todas alvas e espalhadas no firmamento.
Onde crianças jogam pipas no vento,
e as pessoas que veem ficam jovens.

Gosto quando as cortinas claras a balançar,
mostrando a fofoqueira sempre a espiar.
Que quando vê nossa vida passar,
corre pro vizinho a fofocar.

Lá também se vê a espuma da cachoeira,
os vestidos, as casas, nossas comidas.
Com um puro branco igual ao da nossa bandeira.

Pois em Minas essa cor,
tem cheiro, sentimento, sentindo.
E acredite em Minas ela tem até sabor.





domingo, 1 de julho de 2012

Carta Solo


Sou incapaz de ser alguém,
singular
Mas se perceber existe um ponto na singularidade
a qual poucos vêem.
Vejo o ponto e mesmo assim me sinto...
Este vazio...
Incapaz, de me confortar,
suportar esse pensamento singular.

Despedida aos meus velhos amigos


Quero primeiro me despedir de todos aqueles que me chamam de amigo
Pois infelizmente não posso mais suportar os ratos que morrem comendo o próprio rabo
Prefiro aos que me referem como qualquer, pois não fazem jus a mim

Quero também me despedir de todos aqueles que engasgam com suas frígidas línguas
Pois infelizmente não conseguem ter um orgasmo com elas e as reprimem
Prefiro aos com suas ígneas línguas que cospem suas sinceridades ásperas 

Despeço dos interesseiros
Pois infelizmente nada tenho para cobiçar
Prefiro aos que sem nada a pedir, me consideram ao ponto de saber que suas verdades podem até machucar, porém tento entendê-las.   

Carta à Bela Dama


Mesmo escondido em um saco
Danço valsa
Embriago-me com doces e frutas
Confesso ao Padre
A verdade escondida
Desenho poemas
Canto mentiras
Subo a ladeira
Afogo-me no riacho
Amo anjos
Beijo deusas
Escondo-me em sacos
Gargalho pela desgraça
Alheia
Própria
Próxima
Notória
E acima de tudo
Escondo-me de mim mesmo

Limiar da Loucura


Acreditem senhoras e senhores,
moças e rapazes, tristes e felizes,
com pé e sem,
frangos , bananas,
ratos , dragões, medo e coragem.

Fomos feitos da mais pura loucura,
madura porém pela nossa amizade,
ou seja...

Somos constituídos pela verdade vendida
pela boas maneiras de um monstro
hipócrita, que cripta nossas atenções...
...mas por que não?

Mais fácil seria sentar e sentir a vida,
mas lutar em uma guerra por nós é simples,
mas lutar pelos outros...

Lá de longe pode ser fácil falar
mas por que temos medo?

Vai embora  pois tememos a vida
por ela ser a vida,
mas tanto faz quando somos loucos

Sinto-me feliz de ser
Outro palhaço magro
Mais o que vale o pé
Outra vez a história
Seria fácil escrever

Lugares onde querer
Obriga-me a escrever
Usurpa nossa feliz fé
Constrói nosso medo
Organiza nossa vida
Simplesmente mais

Outrora loucura
Uniu-se a minha

Amizade complexa
Manias    reversas
Indignação aceita
Gostamos assim
Outros de uns

Mistério


Como poder falar de algo...
...que não sei que aconteceu.
Mentir sobre meu sentir...

Sentir para poder mentir!
Sim, fazer e não ter
O porquê de se esconder.

Pois querer é diferente.
Fazer é inconseqüente.
Sentir é eloqüente.

Sentir, querer e não fazer,
é ignorância,
mesmo que não saiba
o que ser.

A minha cara amiga Lara Assunção de seu amigo 
  O Barão de Munshausen