segunda-feira, 12 de março de 2012

Segundas

Basta agora, fim do descanso breve,
para voltar a me cansar trabalhando.
Com ressaca da alegria leve,
ébrio como quem vive amando.

Com sua face sempre desbotada branca,
iniciando mais um ciclo da vida.
Para entender da alheia carranca,
ignóbil porém para mim divertida.

Dia onde não existe boêmia,
mesmo pelo esforço dos sonhadores,
pois a segunda-feira é blasfêmia.

Sem as cores como uma epidêmia,
onde se castram os possíveis amores
e os sonhos ficam na monotonia.

Um comentário:

  1. É um bom poema, mas devemos reconhecer nos sonhadores o potencial de sonhar segundas-feiras diferentes e nos amantes, o de resistir à castração...

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